Eu sempre
fui mais uma daquelas pessoas que pensam que morrer vai acabar com todos os
nossos problemas. Eu sempre vivi sozinho, nas plenitudes da vida e ainda mais
nunca tive com quem contar, a não ser com minha mãe. Após eu ter saído de casa
por uma noite ela me ligou quase chorando para me perguntar que horas eu
estaria de volta em casa, e eu não queria deixa-la preocupada, mas também não
queria ser o mesmo de sempre que dava toda a satisfação aos pais.
Meu pai
sempre teve medo de que eu me revoltasse, contudo e me mata-se, mas passei a
jurar para ele algo que seria inevitável de não acontecer, comecei a falar pra
ele “que não iria morrer”. Um amigo do meu primo havia me ligado para avisar
que meu primo estava completamente bêbado e muito fora de si e eu tinha que
fazer algo. Peguei a moto e fui em direção à boate de festa em que ele estava,
no entanto havia uma ambulância parada logo em frente. Nesses momentos a gente
pensa de tudo, mas nunca o melhor.
Aproximei-me
como quem estava muito preocupado e vi-o
dentro de um saco preto, ou basicamente eu teria achado que fosse ele. Toda
aquela movimentação só estava me deixando cada vez mais nervoso, e eu não
queria esta ali, sem muito acontecer mais nada, comecei a me derramar em
lágrimas, mas foram lágrimas que se passaram ao decorrer de 3 semanas muito
longas em que sofri com seu luto.
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